A importância do sono na aprendizagem

sonoQuando dormimos também estamos aprendendo.

Pesquisadores estadunidenses da Faculdade de Medicina de Harvard e cientistas alemães de Luebeck publicaram esta semana dois estudos que afirmam a mesma coisa: Enquanto dormimos, estamos organizando as informações absorvidas durante o dia.

Nas duas pesquisas, os voluntários tinham de resolver equações matemáticas. Eram três grupos: O primeiro tentou durante o dia. O segundo, durante toda a noite. O terceiro deu uma olhada no problema, foi dormir e, descansado retomou o trabalho no dia seguinte. Esse último teve desempenho duas vezes melhor do que os outros, resolvendo a questão com a metade do tempo feito pelos outros grupos.

O sono foi um dos factores decisivos no resultado porque o nosso cérebro executa uma tarefa muito importante enquanto dormimos: Organizar na memória tudo o que vimos, ouvimos e sentimos durante o dia. De acordo com os cientistas, esta organização que o cérebro faz, torna tudo mais fácil na manhã seguinte.

Por isso, são necessárias pelo menos seis horas de sono por dia e o ideal são oito. As pesquisas mostram que uma boa soneca depois do almoço também ajuda, pois combate o stress e aumenta a concentração.

Texto: Cassiano Sampaio
Fonte: Redacção Saúde em Movimento

INSÓNIA – O mal quotidiano

ALESSANDRO OLIVEIRA
Da Redação

Estima-se que a agonia de não conseguir dormir é um distúrbio que atinge cerca de 30% da população mundial. As mulheres estão em maioria neste imenso grupo. A insónia pode ser classificada como aguda ou crónica, de acordo com a sua duração.

Segundo os especialistas, a insónia aguda costuma durar menos de uma semana e pode ser motivada por um problema isolado como o stress, a perda de um ente querido, uma preocupação quotidiana. Neste caso, a principal dificuldade é a de ‘pegar’ no sono.
O problema pode se tornar crónico se persistir por mais de um mês. Entre as causas mais comuns deste tipo de insónia estão os problemas físicos, psiquiátricos e decorrentes da ingestão de alguns medicamentos, geralmente de tarja preta.

O neurologista Flávio Aloi, do Hospital das Clínicas (HC) da Universidade de São Paulo (USP), disse que ao contrário da aguda, a insónia crónica afecta o rendimento profissional e a qualidade de vida.

“Muitas vezes, ela está relacionada ao desenvolvimento de transtornos psiquiátricos como depressão, ansiedade, abuso de bebidas alcoólicas e hipnóticos”, afirma.

Ele explica ainda que a insónia pode ser inicial, intermediária ou terminal com despertar precoce. “Na primeira semana o paciente tem dificuldade de pegar no sono, que não dura mais de trinta minutos. A intermediária é aquela em que a pessoa acorda várias vezes durante a noite e, na terminal, o paciente desperta mais cedo que o habitual”, disse.

O médico explica também que o diagnóstico é complexo e que a insónia tanto pode ser causa como consequência de algum problema. “A determinação definitiva não é fácil, por isso actualmente prefere-se o conceito de insónia associada a outras patologias psiquiátricas do que o de insónia secundária, quando apenas o tratamento da patologia primária basta para eliminar e prevenir os problemas do sono”, avaliou.

As consequências de sucessivas noites mal dormidas são fadiga, transtornos de humor, baixa de atenção, concentração e memória, irritabilidade, sonolência excessiva diurna, acidentes de trabalho ou trânsito, cefaleias, tensão, sintomas gastrointestinais, entre outros.

DESMISTIFICAÇÃO – Para Aloi é importante desmistificar falsas ideias sobre o problema, mostrando ao paciente que as causas são múltiplas e que, ao contrário do que muitos acreditam, duas noites de sono ruim não faz ninguém entrar em colapso nervoso. “Também é importante orientar as pessoas sobre expectativas irreais de sono. Nem todo mundo precisa dormir oito horas para sentir-se bem no dia seguinte”, acrescentou.

O tratamento da insónia é feito com técnicas de higiene do sono, psicoterapia e, em alguns casos, prescrição de hipnóticos. “A combinação é a que apresenta melhores resultados a curto prazo”, complementa. Apenas um profissional autorizado pode prescrever um tratamento contra a insónia.

HIPNOSE – O hipnólogo Luiz Carlos Crozera, do Instituto Brasileiro de Hipnologia, apontou a hipnose como uma alternativa no tratamento da insónia. De acordo com ele, o sono passa por diversos níveis e com o tratamento sob hipnose condicionativa pode-se criar condições para que as pessoas possam rapidamente desligar dos problemas do dia-a-dia. “O paciente aprender a desligar sua tomada. É uma metodologia própria, baptizada de hipnose condicionativa”, afirmou.

DICAS PARA AFASTAR A INSÔNIA

  • Ir para a cama no mesmo horário todas as noites
  • Oito horas antes de dormir, evitar produtos com cafeína
  • Tomar um banho quente ou fazer escalda-pés
  • Fazer exercícios físicos de cinco a seis horas antes de se deitar, de preferência sob exposição solar
  • Praticar técnicas de relaxamento, como meditação e exercícios respiratórios
  • Tirar a TV do quarto
  • Ir para a cama quando estiver com sono
  • Usar a cama apenas para dormir (evite ler, comer ou assistir televisão na sua cama)
  • Se não conseguir dormir, ir para outro ambiente, com pouca luminosidade
  • Programar o relógio para despertar todo dia no mesmo horário
  • Não cochilar durante o dia