As técnicas empregadas no Treino Mental Condicionativo, diferem das demais técnicas existentes por não se tratar de métodos investigativos (sofrologia).

O paciente permanece passivo (não fala com o terapeuta durante a sessão), indo até à(s) causa(s) dos problemas de um indivíduo, sem revivenciamento dos registos causadores dos traumas.

O TMC  é multi-aplicável e multifuncional, está enquadrada dentro do conceito de terapias breves, aplicável em todas as áreas da saúde, educação, desportos, recursos humanos e criminalística, considerada a última palavra dentro da ciência da hipnologia, técnicas estas que abrem novos rumos para saúde humana.

Foi descoberta na década de 80, desenvolvida e aperfeiçoada durante anos, e baptizada pelo Autor, Prof. Luiz Carlos Crozera com o nome de HIPNOSE CONDICIONATIVA.

O termo hipnose não tem sido bem aceite pela população dada a conotação negativa que tem provocado pela hipnose de palco. A hipnose clínica nada tem a ver com essa prática de palco, e começa agora finalmente a ser aceite na comunidade médica, onde vários estudos estão a ser realizados, inclusivamente comparando doentes com cancro, ou com sida tratados com medicação e TMC, e só medicação.

Em resumo, aquilo que se faz no TMC é um relaxamento da pessoa, de forma a afastar o sensor critico, e levá-la a um estado em que a sua atenção e concentração estão focalizadas no terapeuta, que a vai guiar (treinar) de forma a poder encontrar as soluções para o seu problema, usando as ferramentas que todos temos ao dispor dentro da nossa mente. Durante a sessão não é investigada a vida da pessoa, nem ela fala com o terapeuta, pois esta técnica não é investigativa nem coloca a pessoa em sofrimento como noutras técnicas.

Para melhor perceber vamos fazer uma analogia:

O sistema de segurança que a nossa mente tem pode ser comparado a uma discoteca. Numa discoteca, o tipo de pessoas que podem entrar e o tipo de pessoas que ficam à porta, são determinadas pelo segurança que está à porta. É ele que toma essas decisões. Normalmente é um homem musculado e intimidador.

Poderíamos dizer que a sua mente tem o seu próprio segurança. A discoteca é como se fosse o seu subconsciente, o local onde tudo acontece e onde gostaria de ir. Aquilo que acontece quando se aproxima do segurança da discoteca é similar aquilo que acontece quando tenciona alterar uma atitude, um comportamento ou um ambiente.

O segurança olha para si e vai decidir se irá fazer parte do grupo que se encontra dentro ou fora da discoteca. A tomada de decisão vai depender do tipo de pessoas que já estão lá dentro, o tipo de clube que é, e as instruções superiores que tem.

Da mesma forma, quando há uma nova ideia ou uma mudança que chega ao segurança da sua mente, essa ideia vai ser pesada para verificar se ela cabe dentro das ideias ou ambiente previamente estabelecido. Se ela não tiver esses requisitos será rejeitada. O segurança manda-a embora.

Há várias maneiras de lidar com o segurança:

  1. Lutar com ele para entrar dentro da discoteca. Todavia, se não for maior e mais forte que ele, provavelmente irá parar no hospital. Poderá mesmo conseguir, mas ainda assim não se livra de sair combalido e com algumas dores. Fazendo uma analogia, esta forma de actuação está muito relacionada com aquelas pessoas que não querem aceitar uma nova ideia ou são muito cépticos a novas mudanças.

  2. Uma outra forma de lidar com o segurança é permanecer na entrada hora após hora, insistindo com ele para que o deixe entrar. Fazendo a analogia, corresponde a repetir periodicamente a mesma afirmação para mudar a sua mente. Se for persistente poderá resultar, mas sem garantias de sucesso.

  3. Se arranjar uma mulher bonita para falar de forma meiga e sussurrada ao porteiro e distrai-lo da segurança da porta de entrada, facilmente conseguirá entrar. É precisamente o que se faz no treino mental: acalmar o segurança, distrai-lo, de forma a poder introduzir as novas ideias, fazer mudanças e sair de novo.